segunda-feira, 21 de junho de 2010

Cuidados a ter com os minerais



Alguns minerais são muito fáceis de quebrar ou sensíveis à luz, humidade, calor, etc. Mexa em todos com cuidado, evite iluminação intensa permanente sobre sua colecção, bem como calor ou humidade excessivos. Não esquecendo que eles muitas vezes vieram das profundezas da terra.
A gipsita e o talco podem ser riscados até com a unha. A laumontita desidrata com muita facilidade, desintegrando-se. A ametista e o quartzo róseo perdem a cor se expostos muito tempo ao Sol. A halita, a silvita e a carnallita desintegram-se em atmosfera húmida.
Por isso procure conhecer os pontos fracos de cada espécie.

Cuidados a ter com os minerais



Alguns minerais são muito fáceis de quebrar ou sensíveis à luz, humidade, calor, etc. Mexa em todos com cuidado, evite iluminação intensa permanente sobre sua colecção, bem como calor ou humidade excessivos. Não esquecendo que eles muitas vezes vieram das profundezas da terra.
A gipsita e o talco podem ser riscados até com a unha. A laumontita desidrata com muita facilidade, desintegrando-se. A ametista e o quartzo róseo perdem a cor se expostos muito tempo ao Sol. A halita, a silvita e a carnallita desintegram-se em atmosfera húmida.
Por isso procure conhecer os pontos fracos de cada espécie.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Como seleccionar os minerais





Numa mina, gruta ou pedreira, os minerais disponíveis para trazer são por vezes muitos, pode-se hesitar entre trazer ou não determinada peça. Na dúvida, apanhe a peça. Em casa, os minerais parecem mais bonitos que no local onde ocorrem, principalmente depois de lavados. Além disso, é muito mais fácil deitar fora uma peça menos importante, do que voltar ao local para tentar encontrar uma peça bonita que não se trouxe.
Um mineral pequeno ou de pouca beleza é melhor do que nada quando não se tem nenhum daquela espécie. Guarde-o até conseguir uma amostra melhor.
Os cristais podem valer mais pela beleza e perfeição do que pelo tamanho e sempre valem mais quando estão na matriz, isso é, engastados na rocha em que se formaram.
Bom, bom é coleccionar só pedras brutas, mas não menospreze as lapidadas. Um mineral lapidado e um no estado bruto da mesma espécie formam um conjunto que se destaca pelo contraste e pelo valor didáctico. Ex: Diamantes, Rubis, etc. etc.
O se pode dizer das ágatas tingidas. A maioria das ágatas industrializadas em todo o mundo são tingidas e, além de isso não ser uma fraude, é preciso reconhecer que o resultado pode ter grande valor estético.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Como guardar e expor os minerais





Exponha sua colecção da maneira que achar melhor. Deixe para baixo e para trás as faces menos bonitas da peça e aquela que contiver a etiqueta de registo. Pegue nos minerais com cuidado, não permita que as peças fiquem encostadas umas as outras, principalmente se têm durezas muito diferentes. No transporte, enrole cada peça em bastante papel de pão, papel higiénico ou jornal.
Cuidado também para não arrastar os minerais. Isso pode danificar as prateleiras, pois muitos deles, principalmente as pedras preciosas, riscam facilmente vidro e madeira.

O registo das peças
Registe todas as peças da colecção. Cole na face menos importante um número ou outro código de identificação. Num caderno ou arquivo de computador, escreva este número e, após ele, o nome do mineral com as principais características que identificam aquela peça Ex: geodo de ametista com calcita, pirite em xisto, Vanadinite em barite. Anote sempre a origem do mineral. O problema é que, as lojas nem sempre sabem informar isso, mas não deixe de perguntar.
Escreva também as dimensões (largura, comprimento e altura), pondo a altura sempre em último lugar. Registe a forma de aquisição (colecta própria, compra, troca) e o nome de quem doou ou vendeu. Se comprada, anote o preço. A data em que a peça foi adquirida também é interessante anotar.
Se a colecção for grande, pode ser necessário um código de localização, que mostre onde o mineral se encontra no móvel ou sala onde está exposto.
Faça esses registos sempre, mesmo que sua colecção seja pequena. Fazer isso depois que ela for grande será muito mais difícil e trabalhoso.

sábado, 27 de março de 2010

Como coleccionar minerais




Coleccionar não é apenas juntar
A cada dia aumenta o número de interessados em conhecer e coleccionar minerais. Uma colecção, seja do que for, deve ser um conjunto bem classificado e ordenado de peças. Quem assim não fizer não será bem um coleccionador, mas mais um ajuntador.

Veja a seguir algumas orientações sobre como obter e organizar os minerais da sua colecção.
Onde obter peças para a colecção
Uma maneira fácil de obter minerais é comprando nas lojas. Encontra material já limpo, escolhe à vontade e pode obter peças importadas.
Com mais trabalho mas sem usar dinheiro, pode aumentar a sua colecção em minas, grutas e pedreiras, onde técnicos e operários poderão ajudá-lo a identificar os minerais colectados
Outro meio é a troca com outros coleccionadores, mas terá que ter peças que lhes interesse.
Contactar com empresas que trabalham a pedra é outro meio.
Quando viajar, observe as bermas das estradas. Manchas claras e/ou brilhantes no solo podem indicar presença de cristais.
A identificação dos minerais
Procure conhecer as principais propriedades físicas usadas na identificação dos minerais, como dureza, densidade, brilho, cor, formato dos cristais, clivagem, etc.
Depois, nos manuais e dicionários de Mineralogia, veja quais dessas propriedades são importantes na identificação de cada mineral.
As lojas nem sempre identificam correctamente aquilo que vendem. Por isso, procure um geólogo, um coleccionador experiente ou o Museu de Geologia.

sexta-feira, 12 de março de 2010

A origem dos minerais e como se formam.



Os jazigos minerais são formados por processos magmáticos, isto é, derivam da cristalização directa de um magma, por isso chamam-se Rochas magmáticas.
As principais causas para a deposição dos minérios, em muitos jazigos, envolvem mecanismos de precipitação que não resultam da simples diminuição da temperatura e pressão, tal como acontece com os magmas, mas que se associam com processos mais complexos, nomeadamente, envolvendo a junção ou não de fluidos e reacções químicas entre fluidos e as rochas, encaixantes ou que se juntam segundo a sua espécie.
A interacção química dos fluidos com rochas da crosta superior desempenha, em muitos casos, um papel essencial na formação dos jazigos minerais.
Há várias classificações dos jazigos minerais consoante os critérios utilizados.
Optei por uma classificação baseada num critério genético.
Os jazigos minerais que se formam no interior da crosta terrestre são designados por jazigos endogénicos, quer dizer que se formam no interior, enquanto os jazigos minerais que se formam à superfície da crosta terrestre são chamados jazigos exogénicos, que cresce exteriormente ou para fora, que se encontra á superfície.
O magma quando ascende às camadas superiores da crusta terrestre começa a arrefecer e a solidificar lentamente. Durante a sua ascensão derrete e engloba parte das rochas encaixantes, alterando a sua composição química original.
O arrefecimento do magma provoca a separação de fluidos e materiais sólidos, bem como a diferenciação magmática (processo que conduz à formação de magmas com composição química diferente a partir do mesmo magma). Deste modo, ao longo da diferenciação magmática formam-se diversas rochas.
Assim, podemos imaginar um magma em que, numa primeira fase de arrefecimento, formam-se cristais por ex: de olivina, piroxenas e outras que se vão acumulando no fundo da câmara magmática por ordem da sua formação e das suas densidades, formando uma rocha chamada gabro (rocha eruptiva, plutónica).
O magma residual, magma com gabro, fica mais rico em sílica, alumínio e potássio, porque a maior parte do magnésio, ferro e cálcio foi consumida na formação da olivina. O arrefecimento deste magma com gabro pode dar origem à formação de uma rocha como o granito, composta essencialmente por quartzo, micas (moscovite e biotite) e feldspato potássico.
Na fase final da solidificação do magma, é frequente a formação de rochas ígneas de textura extremamente grosseira, encontradas geralmente sob a forma de diques irregulares, lentes ou veios, chamadas pegmatitos. Caracterizam-se pela ocorrência frequente de minerais raros, de grande importância económica, ricos em elementos como lítio, boro, flúor, nióbio, tântalo, urânio, terras raras e zircónio.
Os fluidos residuais do magma, ricos de elementos com baixo ponto de fusão (boro, flúor, lítio, etc.) desempenham um papel importante. Estes fluidos escapam-se do magma e sobem pelas fracturas (falhas) das rochas encaixantes chegando, por vezes, a atingir a superfície crusta terrestre. Em simultâneo vão arrefecendo e dando origem a novos minerais que preenchem as fracturas (falhas). Este tipo de formação de minerais chama-se hidrotermal. Quando existem elementos de metais pesados naqueles fluidos formam-se filões metalíferos.

As emanações de gases nas fumarolas e sulfataras, por vezes, dão origem a vários minerais, tais como enxofre, calcite, aragonite, calcedónia ou o cinábrio. Todas as rochas quando expostas à superfície da crusta terrestre sofrem a influência da atmosfera, (oxigénio, anidrido carbónico,…) da hidrosfera (água), das variações de temperatura e da acção dos organismos vivos.
São factores que desagregam as rochas, isolando os minerais que as compõem ou transformando-os em novos minerais. Este processo é lento mas constante. O transporte e a deposição dos minerais úteis, desagregados ou formados de novo, conduzem à formação dos jazigos sedimentares.

As rochas magmáticas, sedimentares e metamórficas quando sujeitas à acção das condições físicas e químicas existentes nas profundidades da crusta terrestre, sofrem modificações em virtude das elevadas pressões, das temperaturas e de reacções químicas. Altera-se a sua textura, bem como as suas propriedades físicas e químicas, dando origem a novas espécies de minerais.
Os jazigos ortomagmáticos, (cromite cromato de ferro, óxido de ferro) formam-se durante o primeiro estado de cristalização magmática, no qual cerca de 80 % do magma pode cristalizar, dependendo da rapidez de arrefecimento do referido magma.

Os jazigos pegmatíticos-pneumatolíticos, (silicato de alumínio, berílio e lítio) formam-se a partir dos fluidos sobreaquecidos e substâncias voláteis que escapam do magma e penetram nas fendas e fissuras das rochas ígnea mãe ou nas rochas encaixantes. O berilo apresenta grande número de variedades, segundo a cor e a composição química. Algumas das variedades, mais conhecidas, são: esmeralda e a água-marinha.

Os jazigos minerais pirometassomáticos formam-se, normalmente, nos contactos entre calcários (rochas sedimentares) e os granodioritos intrusivos que são rochas ígneas plutónicas de grão grosseiro, constituídas por quartzo, plagióclases e feldspato potássico; como minerais acessórios apresentam biotite, horneblenda e mais raramente piroxena. É uma rocha que a sua composição mineralógica situa-se entre o granito e o diorito.

Os fluidos à temperatura entre os 500 e 800 graus centígrados, portadores de elementos químicos importantes para a formação de minérios, passam das rochas ígneas para as rochas encaixantes (calcários), dando lugar ao fenómeno de metassomatismo (processo de substituição de um mineral por outro). A recristalização e reconstituição mineralógica, originam uma associação característica de minerais nos jazigos deste tipo. Os minérios são a magnetite, hematite, pirite, calcopirite, blenda, galena, cassiterite, ouro, molibdenite e volframite.

Os jazigos hidrotermais pertencem à classe final dos jazigos de génese magmática. Os fluidos hidrotermais transportam elementos químicos, importantes para a formação de minerais com interesse económico, a partir do magma de origem. Estes fluidos activos abandonam o magma a elevada temperatura e, deste modo, as reacções químicas com as rochas encaixantes que atravessam na sua trajectória e o abaixamento da temperatura originam novos minerais, por vezes em concentrações com interesse económico. Esta deposição de novos minerais pode ter lugar em cavidades e fendas (fissuras, fracturas e falhas) sob a forma de filões e veios, ou entre os grãos das rochas sedimentares ou outros espaços similares sob a forma de impregnações.

Os jazigos hidrotermais subdividem-se com base nas temperaturas de formação, em jazigos de altas temperaturas, médias e baixas, constituindo, respectivamente, os jazigos hipotermais, mesotermais e epitermais.

Os jazigos metamórficos resultam da formação e concentração de novos minerais por efeito do metamorfismo, seja regional ou de contacto. Alguns silicatos de alumínio, tais como silimanite, cianite e andaluzite, são explorados a partir de jazigos metamórficos.

domingo, 28 de fevereiro de 2010